topbella

04/01/2008

A menina que roubava livros



(por Markus Zusak)

Recentemente, li um livro que me deixou encantada. Já tinha ouvido falar nele e quem me emprestou foi minha prima. Demorei pra ler, sempre demoro... Minha leitura, de modo geral, passa por três fases:

Fase 1- de conhecer e me acostumar com a estória (muito demorada);

Fase 2 – a de me envolver completamente com o livro (levar o livro pra tudo quanto é lugar e em qualquer tempo livre começar a ler, ficar irritada quando alguém me chama e etc.);
Fase 3- normalmente a fase das últimas 70 ou 100 páginas que começo a não querer que o livro acabe (aí começo a lerdar com ele);

O livro fala da infância de Liesel e o relacionamento entre ela e seus pais adotivos na Rua Himmel, uma rua humilde da cidade de Molching, Alemanha. A história ocorreu entre 1939 e 1943 ( em meio ao período entre guerras em que a Alemanha estava dominada por Hitler). Entre outras artimanhas infantis com seu amigo Rudy a menina cria o hábito de roubar livros, como sugere o título. Ela tem um completo fascínio pelas palavras e a forma com que ela lida com elas é muitíssimo interessante!
O melhor de tudo é a narração da história: A Morte (aquela que ainda chegará para todos nós) é quem narra e tece comentários durante todo o livro: por vezes hilários, por vezes sombrios, por vezes tristes, mas sempre falando sobre os seres humanos de modo geral e sobre sua relação com eles, em paralelo à história da menina. É incrível!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Chorei, dei risada e confesso que se a morte for como Markus Zusak apresenta, espero que, quando eu morrer, o céu esteja laranja, naquele pôr- do- sol de verão lindo .... de 18:00h... Mas me conformo com um arco- íris no céu ... ou um céu de chocolate... E sinceramente espero, espero de verdade ser leve como uma pena...

A parte que mais gostei foi o conto: 'A semeadora de palavras' que Max (o judeu – e é claro que tinha que ter um judeu no enredo) escreveu para Liesel ler quando estivesse 'crescidinha'. Também amei aprender a xingar em alemão e os comentários da Morte durante todo o livro. Vale a pena conferir.

UMA VERDADEZINHA (pág 27)

Eu não carrego gadanha nem foice.
Só uso um manto preto e um capuz quando faz frio.
E não tenho aquelas feições de caveira que vocês gostam de me atribuir à distância.
Quer saber a minha verdadeira aparência?
Eu ajudo. Procure um espelho enquanto eu continuo.


UMA OBSERVAÇÃO PEQUENA PORÉM DIGNA DE NOTA (pág 158)

Ao longo dos anos,
Vi inúmeros rapazes que pensam
Estar correndo para outros rapazes
Não estão.
Eles correm para mim.

1 comentários:

ritah_kk disse...

fui eu que imprestei! :P

um dos melhores livros que eu já li! e nem a crética do jornal do brasil foi tão boa!!!