topbella

30/01/2008

De repente Shakespeare...

Recebi um email com um texto de Shakeaspeare e achei tão lindo, como todos os que já li, que resolvi postar aqui. Não sei se é o texto integral, ou parte dele. Se alguém souber, me avise, por favor.

Eu aprendi……que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo;
Eu aprendi……que ser gentil é mais importante do que estar certo;
Eu aprendi……que nunca se deve negar um presente a uma criança;
Eu aprendi……que eu sempre posso fazer uma prece por alguém quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma;
Eu aprendi……que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto;
Eu aprendi……que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender;
Eu aprendi……que os passeios simples com meu pai em volta do quarteirão nas noites de verão quando eu era criança fizeram maravilhas para mim quando me tornei adulto;
Eu aprendi……que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos;
Eu aprendi……que dinheiro não compra “classe”;
Eu aprendi……que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;
Eu aprendi……que debaixo da “casca grossa” existe uma pessoa que deseja ser apreciada, compreendida e amada;
Eu aprendi……que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa?
Eu aprendi……que ignorar os fatos não os altera;
Eu aprendi……que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você;
Eu aprendi……que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;
Eu aprendi……que a maneira mais fácil para eu crescer como pessoa é me cercar de gente mais inteligente do que eu;
Eu aprendi……que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso;
Eu aprendi……que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;
Eu aprendi……que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;
Eu aprendi……que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.
Eu aprendi……que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;
Eu aprendi……que devemos sempre ter palavras doces e gentis pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las;
Eu aprendi……que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência;
Eu aprendi……que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;
Eu aprendi……que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;
Eu aprendi……que só se deve dar conselho em duas ocasiões: quando é pedido ou quando é caso de vida ou morte;
Eu aprendi……que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.”

Olha, eu na verdade me esforço para aprender um pouco com Shakespeare , mas se eu aprendesse tudo isso, logo eu seria ... DIFERENTE.... O que quero dizer é que ele é ELE porque aprendeu tudo isso na vida! E uma pessoa que aprende TUDO ISSO, de verdade, merece ser lembrada para todo o sempre. Nós (eu e os demais mortais), aprendemos e aprenderemos algumas coisas apenas ... eu acho... Lembrando que aprender não é concordar. Veja bem, eu concordo com tudo o que ele escreveu, tudinho mesmo! Será que é por isso que acham que ele não existe? Porque escreve coisas assim... tão magníficas?

27/01/2008

Rotina do sono

No silêncio mais que absoluto
As luzes se apagam

E mesmo sem medo do escuro
Acendo meu abajur
E abro aquele livro
Aquele que aluguei no momento
Até 'aquele momento'
Que a inquietação substitui
minha concentração.

Uso um par de meias
Às vezes mais de um par
E quando pernelongos começam a incomodar
Ligo o ventilador...
Mas, então
sinto muito muito frio...
E pego o edredom em pleno verão...

E rolo de um lado para o outro
Com muitos travesseiros
E penso tantas coisas...
Às vezes também choro
E descubro coisas sobre mim

que jamais seria capaz
sob a luz do sol...

E quando acordo
Tenho, por vezes,
mãos e pernas dormentes
e o estômago embrulhado
e só melhoro
na metade do dia...

21/01/2008

Little Miss Sunshine


Esse eu realmente adorei! Há muito não assistia um filme que me agradasse tanto! (acho que deve ser por causa da pirataria, não estão comprando mais filmes legais para locação). Mas esse foi D+. ‘Pequena Miss Sunshine’ é uma tragicomédia de uma família tipicamente atípica, se é que posso assim classificá-la. Atípica de ser mostrada nas telonas e típica porque retrata um pouco do que são realmente as famílias hoje em dia. A trama retrata um pai de família que adotou a ‘Filosofia do Sucesso’, fixando-se freneticamente em seus ‘nove passos’ para tornar uma pessoa vencedora, na tentativa de publicar um livro e salvar a família da falência. Ele mora com seu pai, um senhor viciado em cocaína que só pensa em mulher, seu filho ‘aborrecente’ que faz um voto permanente de silêncio a fim de conseguir entrar na Força Aérea; seu cunhado que vai passar um tempo em sua casa pois não pode ficar sozinho (uma vez que tentou cometer suicídio por ter se apaixonado por um de seus alunos e não ser correspondido, além de perder um prêmio importante para sua carreira); sua caçula Olive que sonha em ser uma miss, mas está fora dos ‘padrões’ da beleza, mesmo com toda a graciosidade e espontaneidade infantil; e sua esposa, a mais ‘normal’ de todas, que tenta colocar ordem na casa. Viu? Totalmente às avessas das famílias dos comerciais de Margarina que a gente vê por aí. Eles resolvem embarcar em uma Kombi velha para levar Olive ao Concurso ‘Pequena Miss Sunshine’ e, entre muitas decepções e fracassos, eles vão se descobrindo e se vêem obrigados a se unirem por diversas causas, desde os problemas com ocarro, até o sonho da pequena menina de concorrer ao prêmio de Miss. Eles ganham algo muito mais precioso do que seus objetivos poderiam proporcionar. No fundo, além de hilário, o filme é uma crítica aos ideais ilusionários de família e as pressões pela busca do sucesso acima de qualquer coisa, que a gente observa em todo o lugar atualmente.

"O verdadeiro perdedor não é aquele que não vence, é alguém com tanto medo de perder que nem sequer tenta"

04/01/2008

A menina que roubava livros



(por Markus Zusak)

Recentemente, li um livro que me deixou encantada. Já tinha ouvido falar nele e quem me emprestou foi minha prima. Demorei pra ler, sempre demoro... Minha leitura, de modo geral, passa por três fases:

Fase 1- de conhecer e me acostumar com a estória (muito demorada);

Fase 2 – a de me envolver completamente com o livro (levar o livro pra tudo quanto é lugar e em qualquer tempo livre começar a ler, ficar irritada quando alguém me chama e etc.);
Fase 3- normalmente a fase das últimas 70 ou 100 páginas que começo a não querer que o livro acabe (aí começo a lerdar com ele);

O livro fala da infância de Liesel e o relacionamento entre ela e seus pais adotivos na Rua Himmel, uma rua humilde da cidade de Molching, Alemanha. A história ocorreu entre 1939 e 1943 ( em meio ao período entre guerras em que a Alemanha estava dominada por Hitler). Entre outras artimanhas infantis com seu amigo Rudy a menina cria o hábito de roubar livros, como sugere o título. Ela tem um completo fascínio pelas palavras e a forma com que ela lida com elas é muitíssimo interessante!
O melhor de tudo é a narração da história: A Morte (aquela que ainda chegará para todos nós) é quem narra e tece comentários durante todo o livro: por vezes hilários, por vezes sombrios, por vezes tristes, mas sempre falando sobre os seres humanos de modo geral e sobre sua relação com eles, em paralelo à história da menina. É incrível!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Chorei, dei risada e confesso que se a morte for como Markus Zusak apresenta, espero que, quando eu morrer, o céu esteja laranja, naquele pôr- do- sol de verão lindo .... de 18:00h... Mas me conformo com um arco- íris no céu ... ou um céu de chocolate... E sinceramente espero, espero de verdade ser leve como uma pena...

A parte que mais gostei foi o conto: 'A semeadora de palavras' que Max (o judeu – e é claro que tinha que ter um judeu no enredo) escreveu para Liesel ler quando estivesse 'crescidinha'. Também amei aprender a xingar em alemão e os comentários da Morte durante todo o livro. Vale a pena conferir.

UMA VERDADEZINHA (pág 27)

Eu não carrego gadanha nem foice.
Só uso um manto preto e um capuz quando faz frio.
E não tenho aquelas feições de caveira que vocês gostam de me atribuir à distância.
Quer saber a minha verdadeira aparência?
Eu ajudo. Procure um espelho enquanto eu continuo.


UMA OBSERVAÇÃO PEQUENA PORÉM DIGNA DE NOTA (pág 158)

Ao longo dos anos,
Vi inúmeros rapazes que pensam
Estar correndo para outros rapazes
Não estão.
Eles correm para mim.